segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Do tempo...

Grande poesia de Don Jayme, que é muito significante, real e reveladora!!!
GRACIAS





Do Tempo 

Jaime Caetano Braun



"O tempo vai repontando
O meu destino pagão
Vou tenteando o chimarrão
Da madrugada clareando
Enquanto escuto estralando
O velho brasedo vivo
Neste ritual primitivo
Sempre esperando, esperando…


É a sina do tapejara
Nós somos herdeiros dela
Bombear a barra amarela
Do dia quanto se aclara
Sentir que a mente dispara
Nos rumos que o tempo traça
Eu me tapo de fumaça
E olho o tempo veterano
Entra ano e passa ano
Ele fica a gente passa


Que viu o tempo passar
Há muita gente que pensa
Mas é grande a diferença
Ele não sai do lugar
A gente que vive a andar
Como quem cumpre um ritual
É o destino do mortal
É o caminho dos mortais
Andar e andar nada mais
Contra o tempo, sempre igual

Tempo é alguém que permanece
Misterioso impenetrável
Num outro plano imutável
Que o destino desconhece
Por isso a gente envelhece
Sem ver como envelheceu
Quando sente aconteceu
E depois de acontecido
Fala de um tempo perdido
Que a rigor nunca foi seu.


Pensamento complicado
Do índio que chimarreia
Bombeando na volta e meia
Do presente no passado
Depois sigo ensimesmado
Mateando sempre na espera
O fim da estrada é a tapera
O não se sabe do eterno
Mas a esperança do inverno
É a volta da primavera.


Os sonhos são estações
Em nossa mente de humanos
Que muitas vezes profanos
Buscamos compensações
Na realidade as razões
Onde encontramos saída
Nessa carreira perdida
Que contra o tempo corremos
Já que, a rigor, não sabemos
O que haverá além da vida.

Dentro das filosofias
Dos confúcios galponeiros
Domadores, carreteiros
Que escutei nas noites frias
Acho que a fieira dos dias
Não vale a pena contar
E chego mesmo a pensar
Olhando o brasedo perto
Que a vida é um crédito aberto
Que é preciso utilizar.


Guardar dias pro futuro
É sempre a grande tolice
O juro é sempre a velhice
E de que adianta esse juro
Se ao índio mais queixo duro
O tempo amansa no assédio
Gastar é o melhor remédio
No repecho e na descida
Porque na conta da vida
Não adianta saldo médio!"

sábado, 24 de setembro de 2011

Espumas ao vento

Lindíssima apreciem sem moderação
GRACIAS


Espumas ao Vento
Fagner


Sei que ai dentro ainda mora um pedacinho de mim
Um grande amor não se acaba assim
Feito espumas ao vento

Não é coisa de momento, raiva passageira
Mania que dá e passa, feito brincadeira
O amor deixa marcas que não dá pra apagar

Sei que errei tô aqui pra te pedir perdão
Cabeça doida, coração na mão
Desejo pegando fogo

E sem saber direito a hora e o que fazer
Eu não encontro uma palavra para te dizer
Ah! se eu fosse você eu voltava pra mim de novo

E uma coisa fique certa, amor
A porta vai estar sempre aberta, amor
O meu olhar vai dar uma festa, amor
Na hora que você chegar



terça-feira, 20 de setembro de 2011

Gaúcho de Coração


E pra comemorar o 20 de setembro uma musica vai bem.....
GRACIAS

Gaúcho de Coração
(Cristiano Quevedo)

O mundo que levo por diante não mostra sorriso na cara que tem,
É o mundo de tropa e de campo, de lombo sovado, dos pialos que vem.
Eu pecho esse mundo de frente afiando minhas garras pro mal e pro bem,
Mas também sei sonhar nos sonhos de um certo alguém.

Um mundo com rincho de potro, tinidos de espora e revolução,
O mundo que preza a bandeira, que fez a fronteira com sangue no chão.
Eu sou guardião desse mundo, de alma guerreira e rédeas na mão,
Mas me pilcho de paz, quando ponteio um violão.

Sou gaúcho de rédeas na mão,
Sou gaúcho ponteando um violão.
Neste mundo de Deus,
Sempre fiel ao meu chão.
Sou gaúcho de laço e canção,
Sou gaúcho peleia e paixão.
Neste mundo que é meu,
Gaúcho é meu coração.

O peito com jeito de pedra, de cerca farrapa, de flecha certeira,
Na lida mostrei o destino pra muito malino sem eira nem beira.
A adaga desenha a desgraça pra alguém que me faça perder a estribeira,
Mas me amanso ao mirar, um certo olhar na boieira.
As rédeas que trago bem curtas evitam que o tempo dispare de mim,
A vida me atora de bala e cada balaço não é de festim.
Eu sou garantido e sustento meu mundo e meu jeito gaúcho até o fim,
Mas sou pura emoção, se meu amor diz que sim.



Tradição passada de geração em geração

Créditos da foto : Eduardo Rocha


E mais um 20 de setembro que se chega.
Porem muitos não sabem o que isso significa, nem a importância desta data.
Não vou entrar muito aqui nas questões históricas da coisa, mas só que posso dizer que esta data é de muita significância  não só pra mim, mas para muitos que eu conheço que realmente podem ser considerados gaúchos.
Por muitas vezes escutei que as pessoas não entendem o meu amor pela tradição gaucha, por eu não ter nascido no Rio Grande.
Bueno este amor não vem de hoje, mas vem da minha infância, é como se fosse uma herança passada através de gerações. Lembro-me de escutar os discos das antigas Califórnias, de ir em CTG desde pequena, crescer nesse meio, depois na minha adolescência ter passado pelo Colégio Agricola, depois ter dançado e por ai se vai.
Posso não ser uma eximia conhecedora de cultura, mas acho que também não sou nenhuma leiga no assunto e tenho algo que considero muito importante que é um amor e um respeito por uma cultura ancestral que não nasceu hoje e que não a preservo somente no 20 de setembro, mas a levo comigo no meu dia a dia, no meu pensar, no meu agir, enfim é algo que me acompanha todos os dias e em todos os lugares e nas minhas atitudes, e tenho passado isso adiante da mesma forma que recebi, pra que essa cultura não morra mas se perpetue por gerações e gerações!!!



" E se hoje me veem a cavalo
Saiba que não vem de hoje este amor
Vem de tempos, passado como uma herança
Pois melhor que ouro e prata
É aquilo que se passa com o coração
É aquilo que vai nos acompanhar por toda uma vida
Por isso muito mais me vale acumular cultura
Que bens materiais, pois o amor
É algo que ninguém me tira!!!
Ju Lima

GRACIAS

OBS: Quero agradecer a minha amiga Juliana Miranda pela gentileza da foto, pois ela traduz muito bem o que significa "tradição passada de geração em geração"....

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Canto de Ausencia

Lindissima musica que muito marcou(e ainda marca) a minha vida
Espero que gostem!!!
GRACIAS



Canto de Ausência
(Armando Vasques/Carlos Madruga)

"Se eu me for
O que será de nós?
Quem vai domar os potros?
Recorrer a invernada?
Quem vai servir meu mate?
Me amar na madrugada
Se eu me for
O que será de mim?
O que será de ti?
Se eu me fizer estrada

Sei que os rumos
Serão para mim resumos
De um derivar sem prumos
E léguas de ilusão
Se eu partir
Vou navegar sem porto
Pois a saudade é um cais no mar da solidão

Quando ao longe gritar um quero-quero
Por certo lembrarás que ainda te quero bem
E da varanda tu olharás pra o campo
E me verás chegando mesmo sem ver ninguém

Se eu partir
Em despedida o vento
Na vós do catavento
Virá chora por nós
Se eu partir
O que será de ti?
O que será de mim?
Quando estivermos sós..."





sábado, 3 de setembro de 2011

Universidade publica, "gratuita e de qualidade"?????

Bueno venho aqui registrar a minha indignação quanto a este slogan da UNICENTRO da cidade de Guarapuava-PR que diz: UNIVERSIDADE PUBLICA, GRATUITA E DE QUALIDADE....
Pra começar, nenhum estudo no Brasil é publico, porque alguém sempre acaba pagando a conta.
E como pode ser gratuita, se você precisa de qualquer documento você tem que pagar, sem contar a espera pelo dito cujo. Em alguns cursos faltam materiais básicos, e assim quem tem que arcar com isso são os próprios acadêmicos, ou seja o material para muitas disciplinas acaba saindo do seu próprio bolso.
E de qualidade.......bom faltam professores, alguns são ótimos profissionais, mas sempre tem aqueles que bom deixa pra la, também a falta de professores é outro problema serio. Sem contar que os laboratórios estão em sua maioria defasados, e as vezes o pouco de equipamentos que se tem não funciona muito bem.
Muitos querem entrar nesta instituição, mas ai chegando lá se deparam com uma realidade bem diferente.
Acho um absurdo num tempo onde 80% de uma turma possua notebook e tenha apenas 2 tomadas!!! Mas para contorna a situação os alunos levam alternativas de sua própria casa( o que acontece no meu caso e na minha sala).
Todos os cursos sofrem, mas vejo que o curso de Arte -Educação é um dos que mais tem sofrido. Isto ocorre devido ao pré conceito de muitos desinformados( acadêmicos, professores, colaboradores etc) tem sobre este curso. Para os que não sabem algumas disciplinas( principalmente das artes visuais) requerem um determinado material ( sempre de um custo muito elevado e não encontrado em nossa cidade), sendo assim acabamos por arcar com esta despesa.
Uma outra situação muito indignante foi o adiamento( que eu entendo como cancelamento) do SIMPÓSIO DE ARTE-EDUCAÇÃO, por falta de verba.......ABSURDO!!!
Agora como é época de eleição para a reitoria, as promessas surgem linda , belas e maravilhosas ( como em todos os segmentos quando se trata de politica), mas passado este período volta tudo a ser como era antes!!!
Este texto parece simples, e como diz o titulo do blog, trato dos meus sentimentos, que neste momento são de indignação e revolta, e falo tudo isso com conhecimento de causa e também porque vivo esta realidade todos os dias na minha vida acadêmica nesta referida instituição.
Acredito que os próprios acadêmicos deviam revindicar seus direitos e fazer valer este slogan, não ficar sentados de braços cruzados e engolindo tudo na maior calma como se fosse normal.......VAMOS NOS MEXER E LUTAR PELO QUE REALMENTE É DIREITO NOSSO!!!
GRACIAS